quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Disse-te para saíres,

Pedi-te que fosses embora, 

e ficaste.

Foste ficando, 

fui-te entranhando,

e fui-me estranhando 

Voltei a pedir.

Gritei em mim palavras, ecos, ânsias.

Exigi, esqueci... deixei-me estar. 

E quando vou?

Quando irei encontrar aquela árvore que me enraíza,

aqueles ramos que me envolvem,

aquele ronronar da minha paz?

Não fui, 

não consigo sair.

mas vocifero, luto incessantemente, 

por ti, por mim, 

e nunca por nós. 

Nós já fomos? Seremos? Nunca conseguiremos saber. 

Mas amamos o ser que tomamos entre nós.

Será isso suficiente?






quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sonho...

que um dia serei tua. 

sei que não, 

que não irei mais viver no teu corpo. 

Mas sonho...

na tua pele que respiro, 

no teu beijo que abraço, 

no teu calor que incluo no meu amor

sentir

viver

sonho que consigo

mas não

não consigo

não é verdade.

não posso jamais 

mas quero?

não

não

não

só porque sim. 



segunda-feira, 10 de agosto de 2020

hoje respiro.

tento encontrar aquele estranho sentimento de viver. 

não encontro. 

mas sei que sou eu, porque inspiro, expiro

sigo um passo de cada vez

deixo a vida fluir... 

e um dia vou encontrar-te.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

 Invisível 

Tenho a sensação, recorrente, de que sou meramente invisível. 

ninguém me vê, ninguém me sente. 

Estou ali, naquele sítio, sem que alguém olhe, 

repare em mim. 

Por vezes consigo importunar alguém, que me dirige a palavra.

mas logo a seguir desapareço. 

deixo de existir. 

se tenho vontade de ser diferente? não. 

quero evaporar no meu ser. 

desaparecer na minha pele.

esconder-me na minha essência de viver. 

deixar de ser. e continuar a ser eu. 

por outro lado, queria amar-te. ver-te. sentir-te. desaparecer em ti. 


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Este blogue... é um dia de cada vez. 

são rascunhos pequenos do que não quero sentir.

são vivências estranhas do que não sinto mais. 

ou, por todo lado, são ânsias, escolhas, desabafos. 

Pedaços de escrita, que me fazem respirar.

Pedaços que arranco de mim, e exponho neste cantinho à beira mar. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

2010.09.03

Hoje é o dia...

O dia para te escrever... e sonhar.

Aqui vou escrever-te, na minha ânsia de encontrar, porque tu és quem respiro, quem amo!