quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Disse-te para saíres,

Pedi-te que fosses embora, 

e ficaste.

Foste ficando, 

fui-te entranhando,

e fui-me estranhando 

Voltei a pedir.

Gritei em mim palavras, ecos, ânsias.

Exigi, esqueci... deixei-me estar. 

E quando vou?

Quando irei encontrar aquela árvore que me enraíza,

aqueles ramos que me envolvem,

aquele ronronar da minha paz?

Não fui, 

não consigo sair.

mas vocifero, luto incessantemente, 

por ti, por mim, 

e nunca por nós. 

Nós já fomos? Seremos? Nunca conseguiremos saber. 

Mas amamos o ser que tomamos entre nós.

Será isso suficiente?






Sem comentários:

Enviar um comentário